A Operação Desvio foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público estadual, com o apoio da Polícia Civil. Foram realizadas duas fases da operação, com a realização de mandados de busca e apreensão em vários endereços ligados aos suspeitos. Documentos, mídias eletrônicas e produtos doados por entidades de outras regiões do país foram apreendidos durante as ações.
Na segunda fase da operação, mais mandados de busca e apreensão foram cumpridos, incluindo em endereços ligados a Lang e Polon. Lang, que é pré-candidato a prefeito, foi detido por posse irregular de arma de fogo, mas foi liberado após pagar fiança. Polon é pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Lang.
As investigações apontam para possíveis crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa, com suspeitas de desvio de donativos destinados às vítimas da tragédia. O Ministério Público informou que os investigados podem ter se aproveitado dos cargos que ocupam para desviar as doações e utilizá-las em troca de possíveis votos.
A Polícia Civil apreendeu uma grande quantidade de donativos que estavam sendo distribuídos de forma equivocada, além de dinheiro, telefones celulares, documentos, uma arma de fogo sem registro e munições. O presidente da Câmara Municipal afirmou que ainda não conversou com Lang e Polon, mas que medidas legais serão adotadas conforme a apuração dos fatos avance.
Os vereadores investigados negam as acusações e alegam inocência. A situação política em Palmares do Sul está tensa, com possíveis pedidos de cassação de mandato e representações partidárias contra os suspeitos. O desenrolar das investigações pode ter impacto nas eleições municipais deste ano, com acusações de ataques políticos em um período eleitoral conturbado.