Um dos principais problemas apontados pelos moradores é a falta de espaço, levando muitos deles a fazer puxadinhos de madeirite, o que tem levado o bairro a um processo de favelização. Especialistas destacam que as casas de 15 m² não atendem às diretrizes da ONU para moradias dignas, mas a Prefeitura de Campinas argumenta que os “embriões” foram aceitos pela população da ocupação Nelson Mandela.
As famílias beneficiadas enfrentam dificuldades no dia a dia, com relatos de até oito pessoas vivendo em um único espaço. Além disso, as casas apresentam defeitos estruturais, como fissuras no telhado que provocam goteiras em dias de chuva. A ampliação das moradias, anunciada pelo prefeito como resposta às críticas, ainda não saiu do papel, deixando os moradores frustrados e descrentes da promessa de melhoria.
Diante das críticas, o vice-prefeito de Campinas justifica que houve um impasse em relação à planta de ampliação, que previa modelos a partir de 33 m². Ele ressalta que a administração está negociando com os moradores para manter um modelo horizontal de ampliação. No entanto, moradores como Vanessa Ribeiro afirmam que as promessas feitas não foram cumpridas e que muitos tiveram que fazer melhorias por conta própria.
Especialistas apontam que a falta de um acompanhamento contínuo por parte da administração pode agravar a situação, levando o bairro a um processo de favelização. A arquiteta Eleusina Holanda de Freitas destaca a importância de ouvir as necessidades de cada família e adaptar os projetos habitacionais, visando um resultado mais satisfatório e evitando prejuízos à estrutura de habitação do município. A situação das famílias que vivem nas casas de 15m² em Campinas requer atenção e ação imediata por parte das autoridades responsáveis.
