Eleições para o Parlamento Europeu na Alemanha: conservadores mantêm liderança com 30% dos votos, AfD cresce para 16%.

Nas eleições para o Parlamento Europeu, os conservadores alemães (CDU e CSU) surpreenderam ao alcançar 30% dos votos, consolidando-se como a principal força de oposição no país. De acordo com projeções das emissoras ARD e ZDF, o resultado representa uma vitória para o bloco, que manteve o mesmo nível de apoio de 2019 e superou o partido Social-Democrata, do chanceler Olaf Scholz.

Apesar do declínio em relação aos resultados de 2019, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve pouco mais de 16% dos votos, demonstrando um crescimento significativo. Por outro lado, os Verdes e os Democratas Livres, membros da coalizão de Scholz, viram seu apoio diminuir nas urnas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou satisfação com o desempenho do bloco conservador, enquanto Kevin Kühnert, dos Social-Democratas, reconheceu a derrota e prometeu recuperação. Por sua vez, Alice Weidel, da AfD, destacou o sucesso do partido como um reflexo do crescente ceticismo em relação à Europa.

Durante a campanha eleitoral, houve disputas dentro da coalizão governante em relação ao orçamento de 2025 e regras rígidas sobre endividamento, refletindo um cenário de desacordos internos e dificuldades econômicas. Friedrich Merz, da CDU, descreveu os resultados das eleições como “desastrosos” para a coalizão, interpretando-os como um aviso antes das eleições nacionais de 2025.

Com a Alemanha detendo o maior número de assentos no Parlamento Europeu, torna-se evidente a importância dessas eleições para o panorama político do país e da União Europeia como um todo. As repercussões dos resultados certamente serão observadas nos próximos anos, à medida que o cenário político alemão se redefine e se prepara para novos desafios e eleições.

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