Segundo o juiz federal Alex Peres Rocha, coordenador da Central, a intenção é agilizar a tramitação da análise das demandas judiciais e oferecer todo o suporte necessário às pessoas afetadas por esse desastre natural. Para facilitar o processo, o TRF-4 criou um código específico para identificar as ações relacionadas aos eventos climáticos recentes no estado, o que permitirá obter uma estatística mais precisa dos processos diretamente ligados à catástrofe.
Até o momento, já foram identificados 68 novos processos relacionados às chuvas, sendo a maioria deles na área cível e previdenciária. Advogados adicionaram outras 80 petições a ações que já estavam em andamento. Um exemplo de busca por reparação na Justiça é o caso da comerciante aposentada Aida dos Santos Pereira, de 75 anos, moradora de Canoas, que perdeu quase todos os seus bens devido às enchentes.
O coordenador da Central do TRF-4 prevê um aumento significativo no número de processos nos próximos dias. Devido à inundação do edifício-sede do tribunal, o sistema judicial eletrônico ficou desligado por 18 dias, porém foi restabelecido recentemente. Com o tempo mais estável, as pessoas estão retomando suas atividades e surgindo novas demandas judiciais, o que resultará em um aumento considerável de processos relacionados às consequências das chuvas no Rio Grande do Sul.