Operação de retirada de aviões retidos pelo alagamento do Aeroporto Salgado Filho inicia neste sábado, Anac e Fraport coordenam ação

Uma operação especial foi montada para a retirada das aeronaves que estão retidas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido às enchentes que atingiram a região nas últimas semanas. A ação, que começará neste sábado (8), foi planejada em conjunto pela Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) e pela Fraport Brasil, empresa concessionária responsável pela administração do aeroporto.

Segundo informações divulgadas, a retirada das aeronaves retidas de um total de 47 no total está prevista para ocorrer de maneira gradual e em horários pré-definidos pela Fraport Brasil em parceria com o serviço de tráfego aéreo. O Aeroporto Salgado Filho teve suas operações suspensas desde o dia 3 de maio devido às condições climáticas desfavoráveis.

A operação excepcional de retirada das aeronaves foi autorizada pela Anac mediante a adoção de procedimentos e ações de segurança por parte dos operadores aéreos e da administração do aeroporto. Além disso, as medidas foram realizadas em coordenação com o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), os operadores aéreos e a Fraport Brasil.

Para possibilitar a retirada das aeronaves, as empresas e indivíduos responsáveis pelos aviões precisam aderir a um termo de responsabilidade e realizar uma avaliação de risco para obter a autorização especial de voo, uma vez que as operações do aeroporto estão suspensas. Até o momento, não há informações sobre o prazo para que todas as aeronaves sejam removidas do local.

Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil, admitiu em entrevista à Rádio Gaúcha que será necessário trocar o asfalto e a sub-base da pista de pouso e decolagens do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Com a previsão de início das operações em dezembro, as obras de reforma são essenciais para viabilizar a retomada das atividades aeroportuárias na região.

A Fraport Brasil estima um investimento de R$ 1 bilhão no aeroporto devido aos danos causados pelas enchentes, sendo que parte desse valor está sendo compartilhado com o governo federal. A concessionária possui seguro contra enchentes, mas o valor da cobertura não é suficiente para compensar os prejuízos causados pelo desastre natural.

Diante da situação, a Fraport solicitou à Anac a revisão do equilíbrio econômico-financeiro do contrato do Aeroporto Salgado Filho. A CEO Andreea Pal destacou a importância de analisar os impactos técnicos e financeiros da situação para garantir a retomada segura e eficiente das operações no local.

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