O material não tinha a assinatura da pasta ou do governo estadual, porém a Seed admitiu ter produzido o vídeo “para alertar os pais” em nota à RPC-TV. Procurada pela imprensa, a secretaria afirmou que “está apurando os fatos” e enfatizou que zela pela transparência em suas ações. No entanto, se recusou a comentar sobre o custo da produção do vídeo, o número de receptores e o motivo do envio sem identificação.
O deputado estadual Requião Filho protocolou um requerimento na Assembleia Legislativa do Paraná solicitando explicações dos representantes do governo estadual sobre o vídeo, classificado por ele como “político e ideológico”. O conteúdo do vídeo criticava a greve dos professores, atribuindo à APP-Sindicato manifestações “partidárias e violentas” que colocavam em risco os alunos.
Diante da situação, a presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, expressou indignação e preocupação com o vídeo, alegando que o mesmo poderia incitar o ódio à luta dos trabalhadores. Além disso, ela criticou o tom criminalizante do material, realizado antes do início da greve dos professores.
Em meio a esse cenário conturbado, o governo estadual chegou a solicitar a prisão de Walkiria por suposta desobediência a uma liminar relacionada à greve dos professores. A mobilização dos profissionais da educação resultou em protestos na Assembleia Legislativa, culminando em confusões e confrontos com a polícia.
O projeto de lei que permite a terceirização da gestão administrativa das escolas foi aprovado e sancionado pelo governador, apesar das críticas e resistência dos professores. A polêmica envolvendo a Seed, a APP-Sindicato e o governo estadual continua a gerar debates e tensões no cenário educacional paranaense.