Regina Gordilho, primeira mulher a presidir a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, morre aos 91 anos

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (7) o falecimento da ex-vereadora Regina Gordilho, aos 91 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada pela casa legislativa. Regina foi uma figura importante na política carioca, tendo sido a primeira mulher a presidir a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, durante o biênio de 1989/1990.

Nascida em Salvador no dia 12 de maio de 1933, Regina enfrentou muitas dificuldades ao longo de sua vida. Após se mudar para o Rio de Janeiro aos 4 anos, ela abriu sua própria confecção de roupas na cidade. No entanto, sua vida mudou drasticamente em março de 1987, quando seu filho, Marcellus Ribas Gordilho, foi morto por policiais militares na Cidade de Deus, após ser preso e brutalmente espancado. Esse trágico evento marcou a vida e a carreira política de Regina.

Em 1990, Regina foi eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro e em 1992 votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. No entanto, desentendimentos com Leonel Brizola a levaram a se mudar para o Partido Republicano Progressista (PRP) e concorrer à prefeitura do Rio, sendo derrotada por César Maia.

Após sua passagem pelo Congresso Nacional, Regina se afastou da política no final dos anos 90, mas continuou engajada na luta contra a violência na cidade. Ela fundou a Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas da Violência, dedicando-se a defender as vítimas e combater a impunidade.

Regina Gordilho deixa um legado de coragem e determinação no cenário político do Rio de Janeiro. Sua história é marcada por desafios e superações, mostrando sua força e compromisso com causas importantes para a sociedade. Sua morte representa uma grande perda para a política carioca e para todos aqueles que lutam por justiça e igualdade.

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