A solicitação de transferência de Lessa foi feita pela sua defesa, e o ex-PM encontra-se atualmente preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Moraes autorizou a transferência, porém estabelecendo regras rígidas de segurança, incluindo o monitoramento das comunicações verbais e escritas do preso.
É importante ressaltar que os benefícios previstos na colaboração premiada de Lessa estão condicionados à eficácia das informações prestadas, que serão analisadas durante a instrução processual penal. Moraes destacou a importância da transferência enquanto o processo está em andamento, possibilitando que as investigações avancem de maneira adequada.
A decisão do ministro também teve o aval da Polícia Federal, que apontou a desnecessidade do sigilo para as investigações. A delação de Lessa, conforme detalhada pela imprensa, focou em casos em que o ex-policial militar já está envolvido na Justiça. Nas declarações, Lessa negou ter sido contratado para matar um miliciano pelo ex-vereador Cristiano Girão, bem como negou ter atuado como segurança do bicheiro Rogério Andrade.
No entanto, Lessa admitiu ter participado do planejamento para a morte da presidente da escola de samba Salgueiro Regina Céli, como parte de suas atividades junto a policiais ligados ao bicheiro Bernardo Bello. A decisão de transferir Lessa e tornar públicas as informações da delação premiada ressalta a importância do processo legal e da transparência nas investigações.
Assim, a decisão de Alexandre de Moraes demonstra a seriedade e o comprometimento com a justiça no tratamento do caso de Ronnie Lessa e o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.