De acordo com relatos de familiares, Sotareli retornava para casa na madrugada, pilotando sua motocicleta juntamente com dois amigos. O cenário de diversão e descontração rapidamente se transformou em tragédia quando o guarda-civil atirou contra o grupo, alegando suposta tentativa de assalto.
A princípio, as autoridades policiais pareciam ter acatado a versão do agente da GCM, classificando o ocorrido como “morte decorrente de intervenção policial e roubo tentado”. No entanto, a reviravolta veio após a análise de imagens de câmeras de segurança e de um vídeo gravado por uma das testemunhas oculares do crime.
Nas imagens, é possível observar o momento em que Sotareli se exibe fazendo manobras arriscadas com sua motocicleta. Logo em seguida, ao parar em um semáforo fechado, ele é alvejado pelos tiros disparados pelo guarda-civil. O delegado responsável pelo caso concluiu que o disparo fatal foi realizado de forma consciente e desnecessária, resultando na prisão em flagrante do agente.
A Secretaria da Segurança Pública emitiu uma nota na manhã seguinte ao ocorrido, atualizando a classificação do caso para homicídio. O GCM foi encaminhado à delegacia, teve sua arma apreendida e permanece à disposição da Justiça. O corpo do jovem Sotareli será sepultado no cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Santo André.
Este incidente trágico serve como um alerta sobre a importância da utilização responsável de armas de fogo e da necessidade de se evitar ações precipitadas e irreversíveis. A violência não pode e não deve ser justificada, mesmo sob pretexto de legítima defesa. A sociedade clama por justiça e por medidas efetivas que evitem que tragédias como essa se repitam.
