Delator de Ronnie Lessa revela alvos políticos em consultas a plataforma de dados, incluindo Paulo Pimenta e artistas como Caetano Veloso

Uma recente investigação revelou que o ex-policial militar Ronnie Lessa fez cerca de 900 consultas a uma plataforma de dados cadastrais entre os anos de 2006 e 2018, mirando diversos alvos, incluindo políticos, defensores dos direitos humanos, pesquisadores e artistas conhecidos, como o ministro Paulo Pimenta, o deputado Chico Alencar, os ex-deputados Marcelo Freixo e Jean Wyllys, o músico Marcelo Yuka, o cantor Caetano Veloso, entre outros.

O mais alarmante foi descobrir que Lessa pesquisou diretamente o nome da vereadora Marielle Franco dois dias antes do assassinato dela, em um ato que foi considerado crucial para a sua prisão e posterior delação. Além disso, as investigações apontam que as consultas realizadas miravam em uma ampla gama de nomes, principalmente ligados ao PSOL, fortalecendo a suspeita de que o crime contra Marielle teria sido motivado por desavenças políticas.

A lista de consultas feitas por Lessa também inclui nomes de pessoas que atuam na defesa dos direitos humanos, como o ex-deputado Wadih Damous e o delegado Orlando Zaccone, além de artistas e pesquisadores. Essa prática levanta questionamentos sobre o real objetivo do ex-PM ao realizar essas pesquisas e qual seria a ligação entre elas e o homicídio de Marielle.

A análise das consultas feitas por Lessa também revela um padrão de buscas que indicam um interesse em nomes ligados à esquerda, defensores dos direitos humanos e até mesmo milicianos, deixando claro que o ex-policial militar tinha um perfil de interesse em determinados grupos e figuras públicas.

A descoberta dessas consultas levanta questões sobre a motivação por trás do assassinato de Marielle Franco e também sobre a possibilidade de existirem mais pessoas envolvidas no crime. As investigações continuam a fim de esclarecer de forma definitiva esses fatos e trazer justiça para o caso que chocou o país.

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