A decisão do TRE-DF seguiu uma determinação anterior da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, que em fevereiro já havia apontado um “excesso de prazo” na condução do inquérito. Os desembargadores do Tribunal consideraram que a continuidade das investigações estaria violando o direito de personalidade do investigado e causando prejuízos morais e econômicos.
O prefeito de Araraquara, que está em seu segundo mandato, é próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é apontado como favorito do petista para assumir a presidência do PT em 2025. Há também especulações de que ele poderia assumir a Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
O inquérito que envolvia Edinho teve origem em uma delação do empresário Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC Engenharia, e foi aberto em setembro de 2015, por ordem do Supremo Tribunal Federal. Desde então, passou por seis juízos diferentes, além do próprio STF, totalizando oito anos de tramitação. A defesa de Edinho ressaltou que, desde 2020, não foram realizadas novas diligências no caso.
Ao solicitar o trancamento do inquérito, a defesa de Edinho fez referência ao caso do deputado Marcos Pereira, ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo Temer, cuja investigação foi arquivada pelo STF devido ao excesso de prazo. A decisão do TRE-DF representa um desfecho importante para o político petista, que vinha convivendo com a sombra dessa investigação há anos.