Segundo relatos, o homem teria reagido à abordagem dos agentes da prefeitura, que estavam recolhendo o carrinho por falta de licença. O policial militar imobilizou o homem no chão, aplicando pressão no pescoço com um mata-leão. Mesmo após o homem aparentar desmaiar e ter espasmos, o policial continuou a imobilizá-lo, usando um dos joelhos na região entre o peito e abdômen da vítima.
A ação gerou revolta entre as pessoas presentes, que gritavam para os policiais que o homem estava morrendo e pediam para que a imobilização fosse interrompida. Outro militar, em pé, chegou a usar um spray de pimenta na direção dessas pessoas.
Em uma entrevista ao programa Balanço Geral da TV Record, o pipoqueiro identificado como Manuel Ferreira de Albuquerque reclamou da abordagem, dizendo que se sentiu humilhado e que não se lembrava dos acontecimentos após desmaiar. Ele questionou a forma como as autoridades o abordaram, evidenciando a necessidade de preparo da polícia em situações como essa.
A Polícia Militar informou que está realizando uma investigação preliminar, analisando as imagens da ação, bem como as gravadas pelas câmeras corporais dos policiais. O pipoqueiro registrou um boletim de ocorrência no 30° Distrito Policial (Tatuapé), alegando resistência, desobediência, ameaça e lesão corporal.
Até o momento, a prefeitura não se pronunciou sobre a fiscalização e o motivo que levou a polícia a ser acionada. O caso ocorreu em um local próximo onde um homem de 70 anos foi morto por um policial em 2024, gerando questionamentos sobre o uso da força policial em abordagens. O autor do disparo foi preso e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. A polícia segue investigando os detalhes do ocorrido para esclarecer a situação envolvendo o pipoqueiro e o policial militar.