De acordo com o estudo, 40,2% dos tiroteios com a presença da polícia ocorreram em áreas controladas pelo tráfico, enquanto apenas 4,3% aconteceram em territórios dominados por milícias. Isso levanta questões sobre a eficácia das estratégias de segurança pública adotadas nessas regiões, uma vez que a presença policial parece ser mais intensa em locais com presença do tráfico.
A Polícia Militar, em nota, afirmou que suas ações são planejadas com base em análises das manchas criminais locais e têm como principal meta o combate aos grupos criminosos organizados e aos crimes nas ruas. A corporação destacou uma redução de 51% nas mortes por intervenção de agentes do Estado nos primeiros quatro meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já a Polícia Civil afirmou desconhecer a metodologia da pesquisa e refutou a visão de que o principal problema da segurança pública são as facções do tráfico, ressaltando que suas ações são planejadas com base em inteligência e investigação.
O estudo também apontou que os confrontos armados entre facções e milícias raramente resultam em mudanças no controle territorial, com apenas 5,4% dos territórios sofrendo alterações após conflitos. Isso levanta questionamentos sobre a efetividade das operações policiais e a necessidade de investimento em inteligência na segurança pública para evitar confrontos desnecessários e proteger a população.
Enquanto as disputas entre grupos armados continuam a gerar violência e medo na região metropolitana, é necessário repensar as estratégias de enfrentamento desses problemas e buscar soluções que garantam a segurança e a tranquilidade dos cidadãos.