Durante suas jornadas pelo Cerrado, Nereu tem notado alterações significativas no cenário natural que o cercava. Localidades que antes exibiam uma rica diversidade de árvores e plantas agora se transformaram em monoculturas, favorecendo a destruição do ecossistema. Ele destaca a situação preocupante dos ipês-roxos em Olhos D´Água, que estão morrendo devido à pulverização de agrotóxicos utilizados em plantações de milho na região.
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) corrobora as observações de Nereu, explicando que as mudanças climáticas têm impactado diretamente a capacidade das plantas de produzir sementes. A escassez de água e as condições climáticas extremas causam desequilíbrios no ciclo natural de crescimento e reprodução das espécies vegetais, comprometendo a biodiversidade.
Em sintonia com essas preocupações, a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacaram a necessidade urgente de restaurar ecossistemas degradados e combater a desertificação global. As ações de restauração são essenciais para garantir a sustentabilidade do planeta e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Para Nereu Rios, sua missão de vida é mais relevante do que nunca. Confrontado com a diminuição da produção de sementes de espécies como o pau-ferro, o angelim-amargo e a guavira, o ambientalista reconhece a importância crucial de suas atividades para a preservação da flora local. Ele enfatiza que a preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos e que cada ação humana impacta diretamente a natureza ao nosso redor.
Diante desse cenário desafiador, a restauração de ecossistemas emerge como uma resposta essencial para evitar a degradação ambiental e garantir a sobrevivência das futuras gerações. Nereu Rios e outros defensores ambientais reafirmam o compromisso de proteger e regenerar os recursos naturais, na esperança de um futuro mais sustentável e equilibrado para o planeta Terra.
