Segundo a OMM, existe uma chance de 47% de que todos os anos entre 2024 e 2028 excedam os 1,5°C de aquecimento. Essa marca é simbólica por ser a meta preferencial do Acordo de Paris, estabelecido em 2015 com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°C, buscando alcançar 1,5°C até o final do século.
O relatório também prevê que a temperatura média anual nos próximos cinco anos será entre 1,1°C e 1,9°C mais alta do que a registrada no período pré-industrial. Além disso, destaca que existe uma alta probabilidade de que pelo menos um dos próximos cinco anos estabeleça um novo recorde de calor, ultrapassando o ano de 2023, que atualmente detém o título de ano mais quente da história.
Os dados divulgados pela OMM coincidiram com um discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a cúpula do G7 na Itália, em que ele ressaltou a urgência de ações concretas para combater as mudanças climáticas. Guterres destacou que o planeta está enviando sinais claros de que algo precisa ser feito imediatamente para conter o aquecimento global.
Diante desse cenário preocupante, os cientistas alertam para a intensificação de eventos climáticos extremos, como ondas de calor mais frequentes, tempestades violentas e secas prolongadas. A comunidade internacional precisa agir com mais determinação para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adotar medidas eficazes para enfrentar essa crise climática que já afeta o planeta.