Familiares de Kathlen Romeu desembarcam em Brasília para cobrar justiça pela morte da designer de interiores em carta às autoridades.

No último final de semana, familiares e amigos da designer de interiores Kathlen Romeu, que foi brutalmente assassinada em junho de 2021 ao ser atingida por um tiro de fuzil, desembarcaram em Brasília em busca de respostas e justiça. A jovem de 24 anos, que estava grávida de quatro meses, foi morta enquanto visitava a avó no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.

A Polícia Militar alegou, na época, que os agentes da Unidade de Polícia Pacificadora reagiram a um suposto ataque de criminosos da região. No entanto, o Ministério Público contestou essa versão e cinco PMs acabaram sendo acusados de alterar a cena do crime, respondendo na Justiça Militar por fraude processual. Dois deles, identificados como Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, foram denunciados por homicídio.

A família e amigos de Kathlen questionam a demora na resolução do caso e a falta de punição adequada para os responsáveis. Em uma carta que será entregue às autoridades, eles expressam sua indignação com a lentidão do processo e exigem justiça. O deputado federal Pastor Henrique Vieira, que tem sido uma espécie de porta-voz do caso em Brasília, está intermediando os encontros com as autoridades.

Nesta quarta-feira (5), estão programadas reuniões com os ministros da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, bem como representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A comitiva ainda busca uma audiência com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ou com o ministro Flávio Dino. Entre as reivindicações dos familiares e amigos de Kathlen está a exigência de que policiais usem câmeras corporais durante todo o serviço.

Em meio a esses encontros e demandas, a mãe de Kathlen, Jacklline Lopes, participa ativamente das reuniões, ao lado de amigos da vítima e representantes de movimentos sociais. Eles buscam não apenas resposta para a morte da jovem designer, mas também uma mudança nas práticas policiais que possam evitar futuras tragédias como a de Kathlen Romeu.

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