A Polícia Militar alegou, na época, que os agentes da Unidade de Polícia Pacificadora reagiram a um suposto ataque de criminosos da região. No entanto, o Ministério Público contestou essa versão e cinco PMs acabaram sendo acusados de alterar a cena do crime, respondendo na Justiça Militar por fraude processual. Dois deles, identificados como Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, foram denunciados por homicídio.
A família e amigos de Kathlen questionam a demora na resolução do caso e a falta de punição adequada para os responsáveis. Em uma carta que será entregue às autoridades, eles expressam sua indignação com a lentidão do processo e exigem justiça. O deputado federal Pastor Henrique Vieira, que tem sido uma espécie de porta-voz do caso em Brasília, está intermediando os encontros com as autoridades.
Nesta quarta-feira (5), estão programadas reuniões com os ministros da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, bem como representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A comitiva ainda busca uma audiência com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ou com o ministro Flávio Dino. Entre as reivindicações dos familiares e amigos de Kathlen está a exigência de que policiais usem câmeras corporais durante todo o serviço.
Em meio a esses encontros e demandas, a mãe de Kathlen, Jacklline Lopes, participa ativamente das reuniões, ao lado de amigos da vítima e representantes de movimentos sociais. Eles buscam não apenas resposta para a morte da jovem designer, mas também uma mudança nas práticas policiais que possam evitar futuras tragédias como a de Kathlen Romeu.