Delação premiada de Ronnie Lessa isenta ex-bombeiro Suel de envolvimento na morte de Marielle Franco, revela investigação da PF

Em uma reviravolta surpreendente, o ex-policial militar Ronnie Lessa fez uma revelação bombástica à Polícia Federal em sua delação premiada. Ele afirmou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, não estava ciente do planejamento para a morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL. Essa declaração vai de encontro com as investigações conduzidas pela própria PF, que resultaram na prisão de Suel em julho do ano passado sob a acusação de participar do planejamento do homicídio.

De acordo com Lessa, Suel forneceu o carro clonado que foi utilizado na emboscada, mas esse veículo seria destinado para um outro crime no qual Suel estaria envolvido. O ex-PM também isentou Suel de qualquer participação no descarte de peças de armas escondidas em um apartamento, o que levou a condenação do ex-bombeiro a 6 anos e 9 meses de prisão.

A advogada de defesa de Suel, Fabíola Garcia, sempre confiou na inocência de seu cliente em relação ao homicídio de Marielle e Anderson Gomes. Após a delação de Ronnie Lessa, a defesa de Suel afirma que as informações confirmam que ele não teve participação direta no crime.

Lessa, em sua delação, assumiu a responsabilidade pelos disparos contra a vereadora e seu motorista, apontando Domingos Brazão e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime, o que ambos negam. Além disso, ele também usou a delação para eximir o ex-vereador Cristiano Girão da responsabilidade de um homicídio e negou ter atuado como segurança do bicheiro Rogério Andrade.

É importante ressaltar que as investigações apontam que Suel foi responsável por manter o envio de dinheiro para as famílias de Lessa e Élcio após suas prisões e que ele teria participado da destruição do carro usado na emboscada. No entanto, Lessa garante que Suel não sabia que Marielle seria o alvo e que o ex-bombeiro estava envolvido em um outro planejamento criminal. A mudança de alvo pode influenciar a situação jurídica de Suel, que pode acabar respondendo apenas pela ocultação de provas se a Justiça entender que ele não teve participação direta no homicídio de Marielle.

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