A extração mineral na área está atualmente proibida, no entanto, em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Mineração (ANM) autorizou a retirada de 800 mil toneladas de minério já beneficiado e estocado no local. Essa autorização levantou questionamentos por parte de moradores das comunidades próximas e ativistas ambientais, que temiam que a Empabra estivesse retomando as atividades de extração ilegal de minério.
A prefeitura de Belo Horizonte realizou uma vistoria que resultou na interdição total da mina e na aplicação de multa por crime ambiental. Foram identificados indícios de atividades irregulares, como retirada de minério depositado em pilhas e desassoreamento de estruturas de drenagem, sem os devidos licenciamentos ambientais necessários.
Desde a década de 1950, a Mina Granja Corumi está em operação, mas após a tombamento da Serra do Curral como patrimônio de Belo Horizonte em 1990, as atividades no local foram reduzidas. Em 2007, a Empabra firmou um compromisso com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para elaborar um plano de recuperação da área degradada, mas denúncias de descumprimento levaram a embargos temporários das atividades da empresa.
A Empabra alega que a retirada do minério estocado foi autorizada como parte do processo de recuperação da área, visando evitar novos danos. No entanto, a falta de ações efetivas de recuperação e as suspeitas de atividades ilegais levaram a questionamentos por parte dos parlamentares e ativistas presentes na visita técnica.
A mineradora afirma ter protocolado um Plano de Fechamento da Mina em 2024, com o objetivo de transformar a área em um espaço público integrado aos parques das Mangabeiras e Baleia, buscando a preservação da biodiversidade e a reintegração ecológica da região. As ações de restauração teriam sido realizadas até 2018, mas os embargos e suspensões das atividades têm impedido a conclusão do plano.
Diante da polêmica e das denúncias de irregularidades, a situação da Empabra na Mina Granja Corumi permanece sob intensa vigilância e pressão por parte da sociedade civil e autoridades competentes. Acompanhar o desenrolar desse caso é fundamental para garantir a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais da região.