Durante a reunião, a presidente da Comissão, Luna Zarattini, destacou que o colegiado tem recebido diversas queixas nas últimas semanas de trabalhadores sofrendo dificuldades e perseguições em suas funções. Ela ressaltou a importância do trabalho desses profissionais e expressou preocupação com as dificuldades enfrentadas por eles na região da Cracolândia.
Um dos relatos mais marcantes foi o de Andrea Cristina Guerreira, ex-colaboradora do programa Redenção da Rua, que foi demitida sem justificativa formal em maio. Ela mencionou a instalação do SCP (Serviço de Cuidados Prolongados), descrito como agressivo e intimidador para profissionais e usuários, e apontou intervenções no território contrárias às políticas públicas de saúde mental.
Outra participante da reunião, Luiza Ribeiro, terapeuta ocupacional e integrante do Fórum Viva SUS, também denunciou a precarização do trabalho e perseguição política dentro do sistema de saúde. Ela ressaltou a importância de valorizar os trabalhadores do SUS e lutar por um cuidado ético e humanizado.
A vereadora Luana Alves destacou a situação crítica dos trabalhadores da saúde, atribuindo parte dessa crise à crescente terceirização. Ela expressou preocupação com o desmonte do SUS e a maneira como as políticas de saúde mental estão sendo utilizadas de forma autoritária.
Ao final da reunião, o colegiado anunciou que buscará esclarecimentos sobre as demissões com a Secretaria Municipal da Saúde, visando garantir o cumprimento das diretrizes do Ministério da Saúde. A importância dos debates e das denúncias apresentadas durante a reunião demonstram a necessidade de acompanhamento e fiscalização constante das políticas de saúde e bem-estar dos cidadãos.