Desde o início de novembro de 2023, as Forças Armadas estavam presentes nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP), além dos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), com o objetivo de intensificar a segurança e combater o envio e recebimento de drogas por facções criminosas.
O governo comemorou os resultados obtidos, com cerca de 280 toneladas de drogas apreendidas, 3,8 mil pessoas presas, além da vistoria de quase 270 mil cargas e inspeção de 556 mil bagagens nos últimos sete meses. A medida foi tomada em um contexto de conflito no Rio de Janeiro, com milicianos incendiando ônibus e trem em protesto pela morte de um dos líderes da maior milícia do estado.
A decisão de encerrar a GLO foi precedida por uma série de diálogos entre o presidente Lula, o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas, que buscaram convencer o presidente da necessidade da atuação militar na operação. Inicialmente prevista para durar até maio, a prorrogação da GLO foi decidida por Lula visando uma transição e a finalização de um plano de segurança para os portos e aeroportos.
Apesar dos resultados positivos, houve resistências à prorrogação da GLO, com oficiais-generais argumentando que o emprego dos militares deve ser episódico e com a menor duração possível. A atuação das Forças Armadas na segurança pública foi questionada, e houve disputa pela atribuição dos méritos dos resultados das operações.
Em resumo, a decisão de Lula de encerrar a operação de GLO nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo marcou o fim de uma fase de intensificação da segurança nessas regiões, com a transição das responsabilidades para órgãos como a Polícia Federal e a Receita Federal. A medida é vista como um marco na discussão sobre a atuação das Forças Armadas em questões de segurança pública.