A principal pauta a ser discutida na reunião será o orçamento das instituições, que enfrentam problemas financeiros e dificuldades para atender às demandas dos docentes em greve. Além disso, Lula deve também pressionar pelo fim da paralisação dos professores, que reivindicam reajuste salarial.
O sindicato representante da categoria, Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), exige um aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% a partir de janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026. No entanto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos oferece um reajuste de 9% apenas em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026, afirmando não haver margem para aumentar a proposta.
A convocação para a reunião ocorre após uma semana turbulenta em Brasília, onde o governo assinou um acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) visando encerrar a greve dos professores federais. Entretanto, a Justiça Federal anulou o acordo após uma ação movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, que é filiada ao Andes.
Diante desse impasse, representantes do Andes e do governo se reuniram na segunda-feira (3) e, após protestos e a ocupação de uma sala do Ministério da Gestão, concordaram em uma nova rodada de negociação para o dia 14. Atualmente, pelo menos 63 universidades e institutos federais seguem em greve. Dentre as instituições afetadas estão a Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Segundo informações do Andes, a paralisação atinge diversas instituições de ensino em todo o país, com reivindicações que vão além do reajuste salarial, envolvendo questões relacionadas ao orçamento destinado à educação superior. A expectativa é que a reunião entre o presidente Lula e os reitores das instituições federais resulte em avanços nas negociações visando encerrar a greve dos professores e garantir a continuidade do ensino nas universidades e institutos afetados.
