Prefeito Ricardo Nunes entra com ação judicial contra greve de motoristas de ônibus em São Paulo nesta sexta-feira

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) está preparando uma ação judicial contra a greve dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo, que está marcada para começar nesta sexta-feira (7). A procuradora-geral do município, Marina Magno, está encabeçando a iniciativa para garantir que a paralisação respeite a legislação, que exige a comunicação prévia com 72 horas de antecedência e a manutenção de 100% da frota nos horários de pico e 80% nos demais horários.

Segundo o prefeito, a ação será protocolada no Tribunal Regional do Trabalho, e ele expressou confiança de que o Judiciário irá aceitar a medida, uma vez que não se pode deixar a população de São Paulo sem um serviço essencial como o transporte público. A paralisação foi aprovada em uma assembleia realizada na segunda-feira pelos cerca de 60 mil profissionais do setor.

A prefeitura informou que as 12 mil linhas de ônibus da cidade atendem diariamente cerca de sete milhões de passageiros. Em caso de greve, o prefeito prometeu reforçar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana e solicitar a presença da Polícia Militar nos terminais de ônibus e nas linhas com maior aglomeração, visando garantir a segurança da população.

A paralisação de 24 horas foi motivada pelo impasse nas negociações das pautas econômicas, como reajustes salariais e benefícios, entre os representantes dos trabalhadores e das empresas operadoras do serviço de transporte público na capital. Se não houver acordo até a noite desta quinta-feira (6), os ônibus serão mantidos nas garagens a partir da 0h de sexta-feira.

A prefeitura, que é a concedente do transporte público, não interfere diretamente nas negociações salariais entre os sindicatos, e descartou a possibilidade de oferecer subsídio às empresas para resolver a questão. Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA, mais 5% de aumento real, e reposição das perdas durante a pandemia.

Em meio a esse cenário, a situação é delicada para os usuários do transporte coletivo na cidade de São Paulo, que podem ser afetados pela paralisação dos ônibus. O desfecho desse impasse terá um impacto significativo na rotina dos cidadãos da capital paulista.

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