Na Força Aérea Brasileira (FAB), as mulheres se destacam mais, ocupando aproximadamente 21,7% do total de militares ativos, o que corresponde a 14.830 integrantes do sexo feminino. Na Marinha, essa presença é menor, com as mulheres representando 11,53% dos 74.082 militares ativos. Já no Exército, a disparidade de gênero é ainda mais evidente, com apenas 6,3% dos 213 mil militares ativos sendo mulheres.
Diante desse contexto, o ministro da Defesa, José Múcio, solicitou estudos aos comandos das Forças Armadas para avaliar a possibilidade de permitir o alistamento de mulheres maiores de 18 anos. No entanto, destacou que essa medida seria voluntária, não obrigatória como é para os homens. A iniciativa do ministro visa aumentar a participação feminina nos quadros militares e seguir o exemplo de países como o Chile, que já possuem esse modelo de alistamento.
A discussão sobre o alistamento feminino no serviço militar ainda está em fase inicial, e não há prazos definidos para sua implementação. Questões logísticas, como a adaptação das instalações dos quartéis para receber mulheres, também serão levadas em consideração nesse processo. A proposta de inclusão das mulheres nas Forças Armadas representa um passo importante rumo à igualdade de gênero e à diversidade dentro das instituições militares brasileiras.
Por fim, o diálogo entre o ministro da Defesa e os comandantes militares demonstra a importância desse tema e o compromisso em promover mudanças significativas no âmbito das Forças Armadas. A expectativa é que, com essas medidas, seja possível ampliar a representatividade das mulheres no serviço militar e fortalecer a diversidade no setor de defesa do país.