Em uma entrevista recente, Beatriz compartilhou sua trajetória desde a mudança para Brasília, onde assumiu a direção do Departamento de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato do MPI. Nesse novo cargo, a antropóloga tem se dedicado a articulações para a retirada de invasores de terras indígenas, em um esforço conjunto com outros ministérios e órgãos governamentais.
Além disso, Beatriz ressalta a importância do apoio e da união entre pessoas que também enfrentaram perdas de entes queridos em defesa dos direitos indígenas e ambientais. Essa solidariedade tem sido fundamental para fortalecer a continuidade da luta e preservar o legado daqueles que foram vítimas da violência.
A atuação no MPI tem sido marcada por desafios e avanços significativos. Beatriz destaca a reconstrução da política indigenista, antes sucateada, e o esforço para proteger os territórios indígenas, especialmente no Vale do Javari. A antropóloga ressalta a integração de diferentes instituições nesse trabalho de proteção e monitoramento, visando combater ameaças como garimpo, tráfico de drogas e invasões ilegais.
No entanto, há ainda questões a serem melhoradas, como a questão orçamentária e estrutural do MPI e da Funai. Beatriz ressalta a importância de garantir condições adequadas para a execução das políticas de proteção aos povos indígenas e isolados, enfatizando a necessidade de mais cargos e recursos para fortalecer a atuação do ministério.
Diante de um cenário de desafios e superações, Beatriz continua sua jornada em prol dos direitos indígenas, mantendo vivo o legado de seu marido Bruno e de tantos outros defensores da causa indígena que foram vítimas da violência. A luta pela proteção dos povos indígenas segue firme, representando um compromisso inegociável com a justiça e a preservação da diversidade cultural e ambiental do Brasil.