Terremotos atingem Ishikawa, no Japão, cinco meses após tragédia: região se recupera lentamente, mas sem grandes danos.

Na madrugada desta segunda-feira, a província de Ishikawa, no Japão, foi novamente sacudida por terremotos, trazendo preocupação para uma região que ainda se recupera dos estragos causados por um forte abalo sísmico no dia 1º de janeiro. Os tremores, que atingiram magnitudes de 5,9 e 4,8, não causaram grandes danos, segundo as autoridades locais.

Os abalos foram registrados no extremo norte da região conhecida como Península de Noto e foram seguidos por vários tremores menores em um intervalo de duas horas, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA). Apesar da atividade sísmica, não houve a ocorrência de tsunamis.

Na cidade de Wajima, cinco casas que já tinham sido danificadas pelo terremoto de janeiro desabaram, porém sem causar grandes danos ou ferimentos graves. Em outra localidade, o alarme de terremoto acabou assustando uma senhora de 60 anos, que caiu da cama, mas sem maiores consequências.

O oficial de sismologia e tsunami da JMA, Satoshi Harada, alertou os moradores da região para ficarem atentos, especialmente próximos a edificações que já foram danificadas anteriormente. Além disso, houve a suspensão temporária do sistema de trens-bala e de outros serviços ferroviários, mas a maioria já voltou a operar normalmente.

A Autoridade de Regulamentação Nuclear do Japão (NRA) informou que não foram encontradas irregularidades nas duas usinas próximas à região dos terremotos. A reconstrução na região avança lentamente e, ainda há mais de 3.300 residentes fora de suas casas, mostrando a vulnerabilidade da região a novos abalos sísmicos.

Os moradores estão apreensivos com a possibilidade de novos terremotos, relembrando o impacto do tremor de janeiro que tirou a vida de 260 pessoas e deixou outras desaparecidas. A reconstrução das áreas devastadas continua sendo um desafio para as autoridades locais, que agora temem a repetição de uma tragédia semelhante em apenas cinco meses.

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