Rio Grande do Sul vivencia ecoansiedade em meio às fortes chuvas e impactos ambientais causados no estado.

No sul do Brasil, a ecoansiedade, também conhecida como ansiedade climática, tem gerado preocupações e angústias em moradores do estado do Rio Grande do Sul. Em meio às fortes chuvas e eventos extremos causados pelo aquecimento global, a população tem enfrentado um cenário de desespero e incerteza em relação ao futuro.

O professor Felipe Nobrega, residente do município de Rio Grande, relata a sensação de angústia e desespero que se tornaram parte do seu dia a dia. Ele lembra que, há dois anos, a cidade emitiu alertas de fortes chuvas, causando apreensão na população. Com a recente tragédia no estado, Nobrega voltou a sentir sintomas de ansiedade climática, afetando sua capacidade de raciocinar e realizar atividades cotidianas.

Já o estudante João Smich, natural de Porto Alegre, também vivenciou a ecoansiedade durante as recentes chuvas no estado. Mesmo em uma situação privilegiada em relação a muitos moradores que precisaram recorrer a abrigos, Smich se viu preocupado com a possibilidade de ter que deixar a cidade devido às enchentes. O sentimento de desespero coletivo tem sido evidente entre os habitantes da região.

O termo ecoansiedade surgiu nos anos 1990 e foi incluído no dicionário Oxford em 2021, sendo reconhecido por psicólogos como uma realidade que precisa ser abordada. A doutora em psicologia Karen Scavacini destaca a importância de cuidar da saúde mental da população afetada por desastres climáticos, a fim de prevenir problemas como o aumento de casos de suicídio.

Diante da situação de emergência e desastres naturais, é fundamental investir em estratégias de prevenção e cuidados com a saúde mental da população. A psicóloga Flavia e Silva ressalta a importância de oferecer apoio adequado às pessoas afetadas, para mitigar possíveis impactos negativos na saúde mental.

Portanto, é essencial que as autoridades e instituições estejam atentas às questões de saúde mental da população do Rio Grande do Sul e ofereçam o suporte necessário para lidar com os efeitos psicológicos dos desastres climáticos. A ecoansiedade é uma realidade que precisa ser enfrentada com sensibilidade e cuidado.

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