A polêmica em torno do projeto levou a manifestações em Curitiba, onde cerca de 20 mil pessoas protestaram contra a proposta, marchando da praça Santos Andrade até a Alep. A situação se intensificou ao chegarem na Assembleia, com confrontos e o uso de bombas de gás lacrimogêneo, resultando em três pessoas feridas, duas detidas e dois policiais militares também feridos.
O projeto, intitulado Parceiro da Escola, tem o objetivo de “otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional”. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), as empresas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas, incluindo a gestão de terceirizados de limpeza e segurança.
A proposta, defendida pelo governo estadual como uma forma de melhorar a qualidade do ensino, enfrenta resistência da Associação dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). Para a entidade, o projeto representa a privatização do ensino público e foi criticado pela falta de debate com a sociedade.
Apesar dos protestos e críticas, o presidente da Assembleia, aliado do governador Ratinho Junior, segue empenhado em dar celeridade à aprovação do projeto. A oposição tentou contestar o trâmite do projeto com um mandado de segurança, mas não teve sucesso. A greve iniciada pelos educadores em repúdio ao projeto também demonstrou a insatisfação da categoria com a proposta.