Ministro das Relações Institucionais se manifesta contra PEC que pode privatizar áreas no litoral brasileiro em meio a polêmica com celebridades.

O governo federal se posicionou contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa privatizar áreas da União no litoral brasileiro. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (3), durante uma coletiva de imprensa. Padilha destacou a importância da realização de uma audiência pública no Congresso Nacional para discutir o assunto e ressaltou que o governo é contra qualquer programa de privatização das praias públicas, que poderia prejudicar o acesso da população a esses espaços.

O ministro minimizou a retomada da discussão da PEC, indicando que, por enquanto, não há risco iminente de que a proposta seja votada. Ele também ressaltou que a audiência pública realizada foi positiva para dar visibilidade a um tema que vinha passando despercebido pela imprensa, até a polêmica envolvendo Luana Piovani e Neymar.

A PEC em questão tem causado controvérsias, especialmente pelo fato de transferir terrenos de marinha em áreas urbanas da União para estados, municípios ou proprietários privados. O debate sobre o assunto ultrapassou os limites do Congresso e do governo, chegando a mobilizar figuras públicas e influenciadores, como no caso da discussão virtual entre Luana Piovani e Neymar.

A proposta, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022, busca alterar as regras referentes aos terrenos de marinha, que atualmente pertencem à União. Segundo a legislação proposta pela PEC, áreas utilizadas pelo serviço público federal e unidades ambientais continuariam sob domínio da União, mas outras áreas poderiam ser transferidas para entes estaduais, municipais ou privados.

Diante das discussões em torno da PEC, o governo federal reiterou sua posição contrária à privatização de áreas públicas no litoral brasileiro, ressaltando a importância de preservar o acesso da população às praias e garantir a proteção do patrimônio público. Ainda não há previsão para que a proposta seja votada, mas as discussões continuam no Senado Federal, mantendo a atenção da sociedade e da imprensa sobre o assunto.

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