O cofundador da comunidade, Prem Milan, negou as acusações feitas pelos ex-membros e afirmou que as mesmas não condizem com a realidade do local. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando o caso, que está sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão.
Além desse caso, outros estados brasileiros como São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Bahia também têm registrado denúncias contra líderes carismáticos de grupos terapêuticos e religiosos. Um dos casos mais famosos foi o do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, que foi condenado a 118 anos de prisão por crimes sexuais em Goiás.
A promotora Grecianny Cordeiro, do Ministério Público do Ceará, destacou a fragilidade das vítimas de crimes cometidos por líderes religiosos e a falta de preparo das autoridades brasileiras para lidar com essas situações. Segundo ela, é comum que as vítimas sejam desacreditadas ou ridicularizadas, o que dificulta a denúncia e contribui para a impunidade dos agressores.
Após as denúncias feitas pelos ex-integrantes da comunidade Osho Rachana, a promotora Celeste Leite dos Santos ressaltou a dificuldade das vítimas em se reconhecerem como tal e em buscar ajuda diante da influência exercida pelos líderes dos grupos. A advogada Thayná Silveira destacou a importância de as vítimas respeitarem seu próprio tempo e contarem com uma rede de apoio para denunciar os abusos.
Para auxiliar as vítimas nesse processo, o Instituto Brasileiro de Atenção e Proteção Integral a Vítimas (Pró-Vítima) criou um site com informações sobre o tema. A luta contra os abusos cometidos por líderes religiosos e a proteção das vítimas têm se tornado uma pauta importante no Brasil, visando garantir a segurança e o bem-estar da população diante dessas situações delicadas.