O La Niña tem impactos climáticos opostos ao El Niño, especialmente nas regiões tropicais. No entanto, o fim do El Niño não representa uma pausa no aquecimento global, já que a alta de temperaturas é causada principalmente pela acumulação de gases de efeito estufa na atmosfera. Mesmo com a influência do La Niña de 2020 a 2023, os últimos nove anos foram alguns dos mais quentes já registrados.
O El Niño atingiu seu pico em dezembro do ano passado, considerado o mais quente da história da humanidade. A desaceleração do El Niño não impediu que 2024 continuasse registrando altas temperaturas, com abril deste ano marcando as temperaturas mais elevadas já registradas para esse mês.
A expectativa é que o La Niña traga chuvas acima do normal em algumas regiões, como o extremo Norte da América do Sul, América Central e Caribe, além de partes da África e Ásia. No entanto, ainda há incerteza em relação à intensidade e duração do La Niña, podendo se estender por meses ou até anos.
No Brasil, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) prevê chuvas acima da média no Amapá e entre Minas Gerais e Bahia, com chuvas abaixo da média no Sul durante a primavera. As previsões para o próximo verão indicam chuvas acima da média no extremo Norte e temperaturas abaixo do normal em partes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com temperaturas acima do habitual no leste do Nordeste.
Os eventos climáticos continuarão a ser mais extremos devido ao aumento do calor e da umidade na atmosfera, ressaltando a importância de medidas de mitigação das mudanças climáticas para reduzir os impactos no planeta.