Durante o depoimento, Rivaldo Barbosa negou qualquer ligação com o deputado Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), apontados como possíveis mandantes do assassinato. Além disso, ele também afirmou nunca ter tido contato com o atirador Ronnie Lessa, que o acusou de estar envolvido no planejamento do ataque.
Barbosa destacou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro conduziu investigações sobre o caso e abriu um novo inquérito em 2019 para continuar as apurações sobre a autoria intelectual e a motivação por trás do assassinato de Marielle Franco. O delegado enfatizou que o nome de Domingos Brazão já havia surgido nas investigações, levando o caso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A PF, no entanto, acusou Barbosa de utilizar seu cargo para obstruir as investigações. O advogado Felipe Dalleprane, que representa Rivaldo Barbosa, declarou que o depoimento focou exclusivamente nas questões relacionadas ao assassinato de Marielle e que qualquer tentativa de desviar o foco seria prontamente contestada pela defesa.
A defesa cogita apresentar um novo pedido de liberdade para Rivaldo Barbosa, que teve sua prisão preventiva mantida pelo ministro Alexandre de Moraes. A expectativa é que um recurso contra essa decisão seja julgado em breve. A oitiva do delegado pela PF buscou esclarecer as pontas soltas na investigação sobre o assassinato da vereadora e trazer mais clareza sobre o envolvimento de Barbosa no caso.