De acordo com Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, a confiança empresarial se manteve estável em maio, com diferenças significativas entre os setores da Indústria, Construção, Serviços e Comércio. Enquanto a Indústria e a Construção se mantiveram resilientes, os setores de Serviços e Comércio indicaram um enfraquecimento da atividade econômica.
O ICE reúne dados das sondagens desses setores e é calculado com base na participação de cada um na economia, de acordo com informações do IBGE. O objetivo é proporcionar uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica no país.
O setor do Comércio teve um destaque negativo, com uma queda de 4,0 pontos em maio, após um aumento expressivo de 5,1 pontos no mês anterior. Esse movimento pode estar relacionado à tendência negativa da confiança do consumidor, possivelmente influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul.
A confiança dos serviços e do comércio encolheu em maio, enquanto a indústria e a construção registraram um crescimento. A coleta do ICE contou com informações de mais de 3.500 empresas dos quatro setores, refletindo a percepção do empresariado em relação ao cenário econômico.
Com a melhora nas expectativas em relação aos negócios nos próximos meses, é possível que o índice de confiança empresarial continue a apresentar avanços. No entanto, essa evolução dependerá de fatores como a situação econômica e social no Sul do país e a recuperação das atividades nos setores mais afetados pela crise.