Brasil lidera ranking de casos de dengue em 2024, com mais de 3 milhões confirmados em laboratório, alerta OMS.

No ano de 2024, o Brasil se destaca no cenário internacional ao liderar o ranking de países com o maior número de casos prováveis de dengue. Com quase 6,3 milhões de casos prováveis da doença, sendo mais de 3 milhões confirmados em laboratório, o país enfrenta um desafio constante no combate a essa enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Os dados alarmantes são provenientes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta o Brasil como o epicentro da dengue na América Latina. Além disso, a OMS já contabiliza um total de 7,6 milhões de casos prováveis de dengue em todo o mundo, com 3,4 milhões confirmados em laboratório. A entidade também destaca que mais de 3 mil mortes foram causadas pela doença, evidenciando a gravidade do problema.

Um ponto preocupante é que todos os quatro sorotipos de dengue foram detectados nas Américas em 2024, colocando em alerta países como Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá, que já reportaram casos de circulação simultânea desses sorotipos. A situação requer uma vigilância robusta da dengue em tempo real para controlar eficazmente a transmissão.

No que diz respeito à vacinação, a OMS ressalta a importância da vacina contra a dengue como parte de uma estratégia integrada de combate à doença, juntamente com o controle de vetores e a gestão adequada de casos. A vacina Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda e utilizada no Brasil, é recomendada pela organização para crianças de 6 a 16 anos em áreas com alta transmissão da dengue.

Além da dengue, a OMS alerta para a sobreposição de casos de dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo mesmo vetor. Isso pode resultar em diagnósticos equivocados e subestimação do verdadeiro fardo de cada doença. Portanto, é fundamental fortalecer os sistemas de vigilância para monitorar simultaneamente essas arboviroses e otimizar as intervenções de saúde pública.

Em meio a esse cenário preocupante, é essencial que as autoridades de saúde pública intensifiquem as ações de prevenção, vigilância e controle dessas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A conscientização da população e o engajamento comunitário são fundamentais para a redução dos casos e para garantir a saúde e o bem-estar de todos.

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