Atividade industrial do Brasil desacelera em maio devido às enchentes no Rio Grande do Sul, aponta S&P, mas indicador segue em expansão.

O setor industrial do Brasil apresentou uma desaceleração em maio, de acordo com o índice de gerentes de compras (PMI). O indicador caiu de 55,9 em abril para 52,1, porém permanece acima da marca de 50,0 pontos, o que indica uma expansão da atividade.

Essa redução no ritmo de crescimento está diretamente ligada aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul. As empresas na região tiveram que fechar as portas temporariamente, o que resultou em uma retração na demanda, prejudicando o crescimento das vendas e a produção. A S&P destacou em nota esses efeitos negativos das enchentes.

Apesar desses desafios enfrentados por empresas diretamente afetadas, o setor industrial mostrou resiliência. Os níveis de compra, emprego e crescimento de novos negócios se mantiveram estáveis, de acordo com Pollyanna Lima, diretora associada de Economia da S&P.

A expectativa é que, com a recuperação gradual da região afetada pelas enchentes, o setor industrial se fortaleça nos próximos meses. A criação de empregos em maio foi impulsionada pelas previsões otimistas em relação à produção futura.

Além disso, os custos no setor industrial aumentaram, principalmente devido ao aumento nos preços de commodities, fragilidade cambial e elevação dos preços dos fretes. Os participantes da pesquisa apontaram essa pressão nos custos como a maior desde agosto de 2022.

Com relação aos empregos, a aceleração na criação de vagas reflete a expectativa de uma recuperação da demanda e da produção no médio prazo. As empresas estão confiantes de que os esforços de socorro, investimentos e lançamento de novos produtos irão apoiar a demanda nos próximos meses.

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