O pouso da sonda aconteceu em uma enorme cratera conhecida como ‘Bacia Aitken’, localizada no polo sul lunar. O módulo de pouso utilizará um braço mecânico e uma broca para coletar até 2 kg de material da superfície e do subsolo ao longo de aproximadamente dois dias. Posteriormente, um dispositivo irá transportar essas amostras em um recipiente de metal a vácuo para um outro módulo de pouso que orbita a Lua.
Após essa etapa, as amostras serão transferidas para uma cápsula que retornará à Terra, prevista para ocorrer nos desertos da região da Mongólia por volta de 25 de junho. A complexidade das missões para o lado oculto da Lua está diretamente relacionada à necessidade de um satélite retransmissor para manter as comunicações, além do terreno mais acidentado e da escassez de áreas planas para pousos.
Essa exploração lunar da China demonstra uma crescente rivalidade com os Estados Unidos, que historicamente têm sido pioneiros na exploração espacial. Tanto a China quanto os EUA têm planos ambiciosos para novas missões lunares, incluindo a presença de humanos na Lua.
Enquanto os Estados Unidos enfrentam atrasos em seus projetos, como a recente postergação do lançamento planejado do primeiro voo de astronauta da Boeing, a China avança em suas conquistas no espaço. A Nasa, agência espacial dos EUA, planeja enviar astronautas à Lua novamente, após mais de 50 anos desde a última missão tripulada ao satélite terrestre.
Em meio a essa corrida espacial, o futuro das explorações lunares promete novas descobertas e avanços tecnológicos significativos. Com essa missão da sonda Chang’e-6, a China solidifica sua posição como uma potência emergente no campo da exploração espacial, com planos ambiciosos para a conquista da Lua antes de 2030.