Segundo dados do instituto Pólis, a violência homotransfóbica em São Paulo se manifesta em diversas formas, como agressões físicas, psicológicas e sexuais. Estatísticas do Grupo Gay da Bahia apontam que 257 indivíduos LGBTQIA+ foram mortos de forma violenta no país no último ano, com a região Sudeste liderando os casos pela primeira vez.
A ausência do prefeito na Parada LGBT+ foi criticada por diversos setores da sociedade, inclusive por figuras políticas presentes no evento. O fato de Ricardo Nunes estar em pré-campanha e evitar possíveis vaias por parte de eleitores conservadores foi interpretado como um sinal de autopreservação, deixando de lado a responsabilidade de representar e defender todos os cidadãos de São Paulo.
Enquanto algumas pessoas podem não se sentir representadas pela parada, é importante ressaltar que o evento é um ato de ativismo político, não partidário. A luta por direitos básicos e o combate à LGBTfobia devem ser apoiados por todas as esferas da sociedade, independentemente de orientações ideológicas.
Em meio a esse cenário de tensão e violência, a presença do prefeito de São Paulo na Parada LGBT+ seria uma forma de demonstrar compromisso com a comunidade e reforçar a importância da diversidade e do respeito. A falta de engajamento do poder público diante de questões tão urgentes e sensíveis apenas evidencia a necessidade de uma postura mais ativa e comprometida por parte das autoridades. Como representante de uma cidade marcada pelo crescimento exponencial da violência contra a população LGBTQIA+, o prefeito Ricardo Nunes tem o dever de se posicionar e apoiar a luta por igualdade e respeito.
