Comunidade indígena do Panamá recebe casas no continente devido a risco de inundação pela mudança climática.

Na última quarta-feira (29), uma comunidade indígena do Panamá enfrentou um momento emocionante e de significativa mudança em suas vidas. O governo entregou as chaves das casas em que o grupo passará a viver no continente, após terem que abandonar sua pequena ilha devido aos riscos provocados pelas mudanças climáticas.

Vidalma Yánez, uma das moradoras beneficiadas, expressou sua emoção e satisfação ao receber a notícia. Ela descreve as novas casas como bonitas, pequenas e muito confortáveis, um novo lar para sua família. A cerimônia de inauguração do bairro Nuevo Cartí, construído na área indígena de Guna Yala, contou com a presença do presidente Laurentino Cortizo, que ressaltou a importância dessa realocação para cerca de 1.200 habitantes da ilha Cartí Sugdupu.

Durante os próximos dias, os moradores irão se mudar da ilha, que está a apenas 15 minutos de distância de lancha. Eles são os primeiros deslocados pelas mudanças climáticas no Panamá, segundo o governo. Vivendo em condições precárias na ilha Cartí Sugdupu, os indígenas compartilhavam um espaço apertado e carente de serviços básicos.

O presidente Cortizo enfatizou a vulnerabilidade de diversas ilhas panamenhas diante dos impactos das mudanças climáticas e responsabilizou os países desenvolvidos pelo aquecimento global. O investimento estatal de US$ 12,2 milhões possibilitou a construção do Nuevo Cartí, que oferece casas dignas com acesso a água potável, luz e espaços para plantio.

Essa mudança significará uma nova forma de vida para os habitantes, que poderão desfrutar de mais espaço, conforto e oportunidades no continente. Vidalma Yánez, por exemplo, está entusiasmada com a possibilidade de viver em um ambiente mais espaçoso e com melhores condições. Agora, as famílias terão a oportunidade de desenvolver novos negócios e desfrutar de um estilo de vida mais sustentável.

Para Franklyn, que trabalha nas plantações de banana, a mudança representa uma nova perspectiva de vida, longe do mar, mas cercado pela natureza. Com essa realocação, a comunidade indígena do Panamá enfrenta um novo capítulo em sua história, guiado pela esperança e pela adaptação às transformações provocadas pelo clima.

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