No entanto, o que mais chamou a atenção dos presentes foi a presença marcante das cores verde e amarelo entre os participantes. Tradicionalmente associadas a movimentos conservadores nos últimos anos, as cores foram escolhidas como tema desta edição da Parada. O público, convocado a ressignificar esses tons que se tornaram símbolos da direita política, prontamente atendeu ao chamado e encheu a avenida com as cores da bandeira do Brasil.
“A bandeira é nossa, o Brasil é dos LGBTs, é tudo nosso”, declarou a drag queen Tchaka, uma das musas do evento. Após o carro abre-alas, a escola de samba Estrela do 3º Milênio, do bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo, desfilou anunciando seu enredo para o próximo carnaval: a história do movimento LGBT+ no Brasil.
O clima de festa contagiou os presentes com a batucada da bateria da escola de samba, que foi acompanhada por muito samba e alegria. O tema desta edição, intitulado “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo”, convida o público a refletir sobre a importância do voto consciente e representativo.
Diversas atrações estão programadas para animar a festa, incluindo artistas como Pabllo Vittar, Banda Uó, Sandra de Sá, Tiago Abravanel, Glória Groove, Ludmillah Anjos e Filipe Catto, distribuídos pelos 16 trios elétricos do evento ao lado de outros artistas e influencers.
Pela primeira vez na história, a Parada ocorre no lado ímpar da Avenida Paulista devido a obras do metrô, com acessos disponíveis pelas ruas Haddock Lobo e Bela Cintra, que foram bloqueadas para veículos. O evento promete ser uma celebração de diversidade, resistência e orgulho LGBT+ em meio a um cenário político cada vez mais polarizado.