Ministro Alexandre de Moraes mantém prisão de suspeitos de ameaçar sua família e se declara impedido de julgá-los por ameaças.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve um papel crucial neste sábado ao decidir manter a prisão preventiva de dois homens suspeitos de ameaçar a integridade física de sua família. Posteriormente, o ministro se declarou impedido de julgar os acusados em relação a essas mesmas ameaças. As investigações sobre as ameaças à família de Moraes estão sob sigilo, mas o ministro justificou a manutenção das prisões argumentando que os autos apontam a prática de atos com o objetivo de restringir o exercício livre da função judiciária, especialmente em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Para Alexandre de Moraes, a manutenção das prisões preventivas é uma medida razoável, adequada e proporcional para garantir a ordem pública e cessar a prática criminosa reiterada. O ministro também decidiu manter a relatoria sobre a parte do inquérito que trata do crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, citando o Art. 359-L do Código Penal. Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Júnior foram presos pela Polícia Federal na última sexta-feira em função desse crime.

Por outro lado, em relação aos crimes de ameaça e perseguição que teriam sua família como alvo, Moraes se declarou impedido de julgar, alegando ser um interessado direto no caso nesse ponto específico, o que o impede de atuar como julgador. Esta foi a primeira vez que o ministro reconheceu o impedimento em um caso relacionado à tentativa de golpe. Ao manter a prisão dos suspeitos, Moraes destacou evidências apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, indicando que as mensagens trocadas pelos acusados faziam referência a termos como “comunismo” e “antipatriotismo”.

Segundo a PGR, as comunicações entre os suspeitos demonstram claramente a intenção de restringir o livre exercício da função judiciária pelo Ministro Alexandre de Moraes através das ameaças direcionadas à sua família. Essas decisões e detalhes sobre o caso reforçam a importância do papel do Poder Judiciário na manutenção da ordem e na proteção das instituições democráticas contra tentativas de golpes e de violência.

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