Segundo relatos das prefeituras da região, a procura por atendimento aumentou significativamente em todos os setores, com uma ênfase ainda maior nos atendimentos pediátricos. A Dra. Renata Silva Santana, do Grupo de Estudos e Pesquisa Respiratória da Faculdade de Medicina do ABC, destaca a importância do acompanhamento médico, especialmente para crianças, idosos e pacientes com doenças crônicas como asma e hipertensão.
Uma pesquisa realizada pelo SindHosp com 89 hospitais privados em São Paulo revelou que 96% dos estabelecimentos registraram um aumento nas internações devido a dengue e SRAG. No serviço público, a realidade não é diferente: em Diadema, por exemplo, houve um aumento de 15% na procura dos serviços de saúde por adultos e 84% por crianças em comparação com fevereiro deste ano.
São Bernardo informou que 30% das demandas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão relacionadas a sintomas de síndrome respiratória, mas garante que conta com um quadro completo de seis médicos pneumologistas para atender a população. Já São Caetano teve um aumento de 20% nos atendimentos infantis e mantém cinco pessoas internadas com doenças respiratórias, sendo três delas crianças.
Em contrapartida, Santo André não tem pacientes internados com doenças respiratórias, mas também não dispõe de especialistas em pneumologia, sendo atendida por médicos generalistas. Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não divulgaram dados sobre o panorama da saúde pública em relação a essas enfermidades.
Diante desse cenário preocupante, a Dra. Renata destaca a importância de procurar ajuda médica em caso de sintomas mais graves e orienta sobre os cuidados que podem ser tomados em casa para aliviar os sintomas das doenças respiratórias. Ela ressalta que os pacientes crônicos devem redobrar a atenção, pois são mais suscetíveis a crises durante o outono e inverno.
Alguns cuidados básicos, como evitar ambientes fechados e aglomerados, manter a higienização das mãos e hidratar-se adequadamente, podem ajudar na prevenção dessas enfermidades. A atenção especial aos grupos de risco, como idosos, gestantes e crianças menores de cinco anos, é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar da população.