As declarações de Biden vieram em resposta a uma coletiva de imprensa convocada por Trump em Nova York, onde o ex-presidente passou 33 minutos atacando Biden, o juiz responsável pelo caso e o próprio julgamento. Trump alegou que sua condenação foi resultado de uma instrumentalização política da Justiça e de uma suposta perseguição promovida por Biden e os democratas.
Durante sua fala, Trump também fez acusações contra o juiz Juan Merchan, descrevendo-o como altamente conflituoso e injusto. Ele afirmou que algumas testemunhas do seu lado foram crucificadas durante o processo e classificou o juiz como um demônio disfarçado de anjo.
Os ataques de Trump despertaram uma reação imediata dos democratas, que classificaram o republicano como desesperado e confuso. A equipe de campanha de Biden também entrou no contra-ataque, destacando a importância de respeitar a Justiça e rejeitando as alegações de fraude no julgamento.
A decisão de Biden de abordar diretamente o assunto representa uma mudança estratégica em sua postura. Desde as acusações criminais contra Trump, Biden vinha evitando comentar sobre o caso, na tentativa de se manter neutro e não alimentar acusações partidárias.
A sentença de Trump está marcada para 11 de julho e, mesmo em caso de condenação, ainda existe a possibilidade do ex-presidente ser eleito e assumir o cargo. Os republicanos esperam que a condenação fortaleça o apoio dos eleitores da base, enquanto os democratas acreditam que os problemas legais de Trump podem afastar os eleitores moderados do Partido Republicano.
Diante desse cenário, a postura de Biden em relação ao julgamento de Trump se torna crucial. Sua decisão de se posicionar publicamente sobre o assunto reflete a necessidade de preservar a integridade democrática e institucional do país diante de um momento conturbado na política americana.