Ibovespa encerra maio com queda de 3,04%, pior desempenho desde 2018, refletindo revisão das expectativas dos investidores nos EUA.

Em um fechamento de mês conturbado, o Ibovespa manteve o viés negativo na última sexta-feira de maio, encerrando o dia com uma queda de 0,50%, alcançando os 122.098,09 pontos. Este resultado refletiu uma retração de 3,04% ao longo de todo o mês de maio, o que representa o pior desempenho desde janeiro deste ano.

O acumulado de perdas em 2024 já chega a expressivos 9,01%, refletindo a reavaliação dos investidores em relação às expectativas otimistas que predominavam no final de 2023. Essas expectativas estavam relacionadas ao número de possíveis cortes de juros nos Estados Unidos ao longo do ano.

Comparando com outros meses, a baixa registrada em maio foi a mais expressiva desde maio de 2018, quando a Bolsa brasileira apresentou uma queda de 10,87%. Esse mês em particular foi marcado pela grande greve dos caminhoneiros, que teve um efeito disruptivo na economia brasileira.

Durante a sexta-feira, o giro financeiro na B3 atingiu R$ 33,2 bilhões, um nível pouco comum fora das datas de vencimento de opções sobre o Ibovespa. Além disso, ao longo da semana, o índice registrou uma queda de 1,78%, sinalizando uma aversão ao risco por parte dos investidores.

Essa cautela observada no mercado foi influenciada por fatores domésticos e internacionais, como os dados de inflação nos Estados Unidos e a volatilidade vista em Nova York. Apesar do desempenho negativo do Ibovespa, alguns setores se destacaram, como as empresas do ramo petrolífero, com PetroReconcavo apresentando um ganho de 4,17%.

No entanto, o dólar teve um leve aumento, chegando a R$ 5,25 na sexta-feira e encerrando o dia com uma alta de 0,81%. Esses movimentos no mercado financeiro refletem a incerteza e a instabilidade que ainda rondam os investidores, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

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