Durante sua estadia, Richardson fez críticas explícitas à China, alertando sobre potenciais riscos para o Brasil caso o país se envolva no projeto chinês da Rota da Seda, dando destaque para a disputa global entre democracias e ditaduras. A militar destacou a importância de democracias com pensamentos semelhantes trabalharem juntas, contrastando com a postura do governo comunista chinês, que não respeitaria os direitos de seu próprio povo.
Como resposta, a Embaixada do Brasil na China emitiu uma nota acusando os Estados Unidos de adotarem uma mentalidade da Guerra Fria, buscando distorcer a percepção da opinião pública e prejudicar a amizade e cooperação entre Brasil e China. Esse embate reflete a luta pela influência global entre as duas potências mundiais.
Especialistas como o sociólogo Raphael Seabra e o professor de relações internacionais Alexandre Pires analisaram as declarações da general Laura Richardson, apontando para a tentativa dos Estados Unidos de conquistar o Brasil como aliado na contenção da China. O Brasil, como um país dependente economicamente de ambas as potências, precisa buscar um equilíbrio em sua política externa para evitar possíveis retaliações.
No contexto do comércio exterior, a China se destaca como o maior parceiro comercial do Brasil, seguido pelos Estados Unidos. A disputa entre essas duas potências tem impacto direto na economia brasileira, e o país precisa aproveitar essa rivalidade para obter benefícios e fortalecer sua indústria nacional, como fez Getúlio Vargas em sua época.
Portanto, o Brasil encontra-se em uma posição estratégica no cenário global, sendo cortejado por duas grandes potências. A habilidade de navegar nesse ambiente de disputa geopolítica será crucial para garantir o desenvolvimento e a autonomia do país no cenário internacional.