Tribunal de Hong Kong condena 13 ativistas por subversão em julgamento sob lei de segurança nacional chinesa, extinguindo oposição política

O tribunal de Hong Kong emitiu uma sentença nesta quinta-feira (30/5) condenando 13 ativistas por acusações de subversão, marcando o fim de uma série de repressões políticas contra a oposição pró-democracia na cidade. Essa condenação foi considerada a mais abrangente sob a lei de segurança nacional imposta por Pequim há quatro anos.

Esses ativistas faziam parte de um grupo de 47 acusados de conspiração em janeiro de 2021. As autoridades alegaram que o plano eleitoral do grupo, que incluía uma primária entre candidatos comprometidos em bloquear a legislação do governo e forçar a renúncia do executivo-chefe apoiado por Pequim, equivalia a uma subversão ilegal do poder do Estado.

Figuras pró-Pequim expressaram esperanças de que esses veredictos e o iminente encerramento do julgamento do proeminente editor pró-democracia, Jimmy Lai, marquem o término de um período de repressões políticas em Hong Kong, permitindo que a cidade se concentre em melhorar sua economia enfraquecida.

Apesar disso, os sinais de vigilância e repressão por parte das autoridades de Hong Kong continuam evidentes. Recentemente, sete pessoas foram presas pela polícia na terça e quarta-feira (29 e 30/5) sob a nova legislação de segurança interna conhecida como Artigo 23. As acusações alegam que essas pessoas usaram o aniversário do massacre de 1989 na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) para incitar ódio contra o governo chinês.

Esses acontecimentos refletem um cenário conturbado e delicado em Hong Kong, com a repressão política ainda sendo uma realidade constante para os ativistas pró-democracia na cidade. O futuro político e social de Hong Kong permanece incerto, com a tensão entre as autoridades chinesas e a oposição local continuando a moldar o destino da região.

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