Diante desse cenário desolador, a população tem enfrentado diversos desafios para retomar suas rotinas. Um exemplo é a situação da vendedora de roupas Juliani Steffer, que precisou se adaptar a uma nova forma de trabalho, carregando suas mercadorias em uma grande bolsa enquanto atravessa passadeiras flutuantes sobre o rio.
A solução provisória veio do Exército, que instalou passarelas flutuantes para possibilitar o deslocamento das pessoas entre as cidades afetadas. No entanto, essas estruturas são frágeis e frequentemente danificadas pelas chuvas e correntezas, exigindo reparos constantes.
O coronel Rafael Farias, responsável pela operação, destacou a importância de restabelecer a rotina da população o mais rápido possível. As passadeiras flutuantes se tornaram a principal ligação entre cidades separadas pelos leitos, permitindo que as pessoas possam trabalhar, estudar e acessar serviços de saúde.
No entanto, a precariedade dessas estruturas e a falta de iluminação em algumas delas têm gerado dificuldades adicionais para os moradores, como no caso de Paulo Roberto Heineck, que precisa fazer a travessia mancando devido a uma cirurgia na perna.
Apesar dos desafios enfrentados, a solidariedade e a mobilização da população têm sido fundamentais para reverter a situação. Com a promessa de reconstrução das pontes pelo governo federal, os moradores têm se organizado para arrecadar fundos e acelerar o processo de reconstrução, contando com a colaboração da iniciativa privada e doações da comunidade.
Diante de um cenário de superação e resiliência, os habitantes do Rio Grande do Sul buscam retomar suas vidas e reconstruir as pontes que os ligam e os possibilitam seguir em frente.