Segundo o analista da Finacap, Felipe Moura, o Ibovespa vem demonstrando fragilidade nos últimos dias, aguardando dados econômicos mais positivos e maior estabilidade política. A situação fiscal do Brasil continua preocupante, somada à incerteza em relação aos juros nos Estados Unidos e a recente decisão do Copom, que optou por reduzir o ritmo de queda da Selic.
O mercado de ações também é impactado pela queda no preço do petróleo, influenciando negativamente os investidores. O temor de que o Federal Reserve dos EUA demore a cortar os juros contribui para essa atmosfera de aversão ao risco. Dirigentes do Fed têm reforçado essa percepção, o que aumenta a pressão sobre os juros.
Além disso, dados como o Livro Bege americano, a ser divulgado à tarde, e o PCE índice de gastos com consumo nos EUA na sexta-feira, influenciam as negociações nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries longos avançam, pressionando a curva no Brasil e afetando ações ligadas ao ciclo econômico e grandes bancos na B3.
Internamente, indicadores como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE também contribuem para o clima de cautela. Com esses dados em mente, o Banco Central tende a adotar uma postura mais prudente em relação às decisões de política monetária.
No momento, o Ibovespa registra uma queda de 0,72%, aos 122.882,31 pontos, com os grandes bancos liderando o recuo, seguidos por empresas como Vale e Petrobrás. A expectativa é de que a aversão ao risco persista ao longo do dia, influenciando as negociações na Bolsa de Valores.
