Presidente do IBGE defende criação do Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados para centralizar informações governamentais.

O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, anunciou hoje a proposta de criação do Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados (Singed). A iniciativa objetiva centralizar informações produzidas por diversos órgãos governamentais, sob a coordenação do IBGE, seguindo um modelo que era adotado até 1964.

De acordo com Pochmann, a implementação do Singed exigirá uma alteração na legislação brasileira, a ser realizada pelo Congresso Nacional. O objetivo principal é reduzir custos, uma vez que cada instituição possui seu próprio banco de dados e a gestão individual dessas informações implica em despesas extras.

Dentre os dados que poderiam ser integrados no Singed estão as informações do Cadastro Único (CadÚnico), além dos dados gerados pelo Datasus, Dataprev e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep). O presidente do IBGE também destacou planos para retomar pesquisas sobre informalidade no mercado de trabalho urbano e criar novos estudos, como o Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia Azul.

Além disso, o IBGE planeja incorporar inteligência artificial (IA) em suas interfaces públicas para facilitar o acesso às informações. Em parceria com universidades, será lançada uma chamada pública para escolher os melhores projetos de IA. Uma força-tarefa foi criada no Rio Grande do Sul para auxiliar nos levantamentos de danos e pessoas afetadas, utilizando dados do Censo de 2022.

Em comemoração aos 88 anos de sua fundação, o IBGE lançou o projeto Casa Brasil IBGE, que busca preservar e disseminar a memória da instituição. O espaço funcionará no Palácio da Fazenda, no Rio de Janeiro, e contará com exposições presenciais e virtuais, retratando a história do instituto e suas pesquisas. O objetivo é que cada estado do Brasil receba uma unidade do Casa Brasil.

O local terá itens históricos, como o formulário do primeiro censo realizado no Brasil em 1870, e equipamentos antigos de produção de mapas. As visitas ao espaço serão abertas ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, com agendamento prévio para escolas.

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