Repórter São Paulo – SP – Brasil

Marcha para Jesus em São Paulo reúne políticos e líderes religiosos em evento histórico com tema “Dupla Honra”. Presidente Bolsonaro e ex-presidente Lula são destaques.

Nesta quinta-feira, São Paulo recebe a 32ª edição da Marcha para Jesus, um evento religioso que atrai a atenção de políticos em busca de apoio junto à comunidade cristã. A presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do prefeito Ricardo Nunes já está confirmada, demonstrando a importância política do evento.

A Marcha para Jesus foi oficialmente incorporada ao calendário em 2009, durante o segundo mandato do ex-presidente Lula. Mesmo com o convite feito ao atual presidente, Jair Bolsonaro, sua presença não foi confirmada. Vale ressaltar que Bolsonaro não é unanimidade entre os evangélicos, conforme apontou uma pesquisa Datafolha que mostrou que Lula era a opção de 32% dos evangélicos, enquanto Bolsonaro contava com 49% das intenções de voto.

O presidente da igreja Renascer, Estevam Hernandes, se posicionou sobre a relação da igreja com a política, ressaltando que a igreja é apartidária, mas é fundamental ocupar espaços na política para defender os valores da comunidade cristã. O tema da Marcha deste ano é “Dupla Honra”, baseado em um texto bíblico, e a expectativa é reunir cerca de dois milhões de pessoas de diferentes vertentes do cristianismo.

Além disso, Estevam Hernandes falou sobre a importância de preparar as próximas gerações para dar continuidade ao trabalho da igreja. Ele mencionou a perda de seu filho, Tid Hernandes, em 2016, e destacou que seus filhos e netos estão comprometidos com a obra. Tid dá nome a um centro assistencial em Heliópolis e seu legado de amor e serviço é mantido pela família.

Hernandes também abordou um episódio controverso de seu passado, quando foi detido nos Estados Unidos por não declarar US$ 56,4 mil em dinheiro. Ele expressou arrependimento por ter confiado em pessoas que o prejudicaram, mas ressaltou que sua fé o sustentou durante esse período difícil.

Assim, a Marcha para Jesus não se trata apenas de um evento religioso, mas também político e social, envolvendo questões importantes para a comunidade evangélica e seu papel na sociedade.

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