Repórter São Paulo – SP – Brasil

Confiança do setor de serviços cai em maio, mas demanda presente se mostra resiliente, aponta pesquisa da FGV.

O setor de serviços no Brasil tem se mantido resiliente diante da demanda atual, porém as perspectivas negativas para os próximos meses vêm afetando a confiança dos empresários. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou uma queda de 0,6 ponto na passagem de abril para maio, atingindo 94,2 pontos, marcando o segundo recuo consecutivo. Na média móvel trimestral, porém, o ICS se manteve estável.

O economista Stéfano Pacini, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, destacou que a confiança no setor de serviços vem diminuindo ao longo do ano, refletindo a percepção de perda de fôlego, especialmente no cenário futuro. Apesar da resistência da demanda atual, a incerteza em relação ao futuro tem sido disseminada, o que não favorece uma recuperação significativa no primeiro semestre.

Em maio, o Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou um aumento de 1,9 ponto, alcançando 97,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) teve uma redução de 3,1 pontos, chegando a 91,3 pontos. Na avaliação dos componentes da situação atual, houve avanço tanto na situação dos negócios, que subiu 1,6 ponto, quanto no volume da demanda atual, que expandiu 2,3 pontos.

Já em relação às expectativas, a demanda prevista para os próximos três meses recuou 2,9 pontos, atingindo 91,6 pontos, e a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,4 pontos, para 91,1 pontos. Pacini ressaltou que a perda de fôlego do setor tem se tornado mais evidente, com a confiança dos empresários se mantendo estável e resultados heterogêneos nos diversos segmentos.

A pesquisa para a Sondagem de Serviços em maio contou com a participação de 1.366 empresas, coletando dados entre os dias 2 e 27 do mês. A análise dos resultados indica um cenário de cautela e expectativas contidas para os próximos meses no setor de serviços, que aguarda por sinais de recuperação econômica mais consistentes.

Sair da versão mobile