Repórter São Paulo – SP – Brasil

Sabesp empresta bomba para ajudar no combate às cheias em bairro de Porto Alegre, na zona norte da cidade.

Na manhã desta terça-feira (28), uma importante medida foi tomada para amenizar os impactos da cheia do lago Guaíba no bairro Humaitá, localizado na zona norte de Porto Alegre. Uma bomba de alta capacidade foi instalada e começou a funcionar, com o objetivo de drenar a água acumulada na região.

Essa ação foi possível graças à colaboração da Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, que emprestou o equipamento e enviou técnicos para auxiliar o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) nos trabalhos de combate às enchentes. A instalação da bomba na Estação de Bombeamento de Água Pluvial 5 visa principalmente reduzir os alagamentos no Humaitá e na Vila Farrapos, áreas diretamente afetadas pela elevação do nível da água.

Cada equipamento cedido pela Sabesp tem a capacidade de bombear 6.000 litros de água por segundo, o que contribui significativamente para a diminuição dos impactos causados pelas enchentes. Além disso, outras três bombas da companhia já estão em funcionamento no bairro Sarandi, visando ampliar as ações de drenagem na região.

Enquanto em outros bairros afetados pelas enchentes, como Cidade Baixa, Menino Deus e Praia de Belas, a situação começa a se normalizar, o extremo norte de Porto Alegre ainda enfrenta sérios problemas com alagamentos. A região, que é uma das mais vulneráveis socioeconomicamente da cidade, abriga a maior parte das mais de 12 mil pessoas que estão atualmente em abrigos da capital, sem previsão de retorno às suas residências.

Diante da insatisfação dos moradores com a demora na resolução dos problemas causados pelas cheias, manifestações foram realizadas bloqueando o trânsito na BR-290, conhecida como Freeway. Além disso, outras medidas estão sendo tomadas, como a instalação de bombas flutuantes e bombas-trator em diferentes pontos da zona norte da cidade, visando aumentar o escoamento da água e minimizar os danos causados pela inundação. Essa ação conjunta envolve não só órgãos públicos, como o Dmae, mas também parcerias com iniciativa privada, como os arrozeiros que emprestaram parte das bombas-trator para auxiliar no enfrentamento das enchentes.

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